domingo, 11 de agosto de 2013

informes e dicas da viagem para Floripa

QUEM AINDA NÃO SE INSCREVEU, BASTA SE CADASTRAR, O LINK PARA INSCRIÇAO É 

http://fofateatroudesc.wordpress.com/seminario/community-theatre-international-seminar/registration/

HORÁRIOS DA VIAGEM:

Saída de Uberlândia: dia 13/08/13 ás 18h - 
ESTAR NO BLOCO 3m ÀS 17H30 PARA CONFERIR DADOS E TAL

Saída de Florianópolis: dia 17/08/13 ás 18h
COMBINAR O ENCONTRO DO RETORNO COM O MOTORA E TODOS OS PARTICIPANTES 

TEMPERATURA e outras notícias do tempo

Terça-feira - 13.08.2013
Dados de Modelo
Quarta-feira - 14.08.2013
Dados de Modelo
Quinta-feira - 15.08.2013
Dados de Modelo
Sexta-feira - 16.08.2013
Dados de Modelo
Sábado - 17.08.2013
Dados de Modelo
Obs: As horas apresentadas não são corrigidas para o horário de verão. Fonte: INPE/CPTEC



http://www.cptec.inpe.br/cidades/previsao.do

domingo, 21 de julho de 2013

Textos prepratórios para pesquisa de campo

Márcia Pompeo é a professora da Universidade Estadual de Santa Catarina - UDESC - que está à frente do Seminário Internacional de Teatro em Comunidade. Ela escreveu diversos textos sobre o assunto com diferentes abordagens. Coloco aqui alguns deles para distribuir entre o grupo. A idéia é que cada um escolha um texto para ler de modo que todos os textos sejam lidos por pelo menos duas pessoas. Assim, teremos uma roda de conversa em que cada duas ou três pessoas terão como contribuir a partir da perspecticva de um dos textos e que o conjunto seja vislumbrado por todos.

Como fazer?
Procure os links abaixo e faça uma leitura dinâmica de cada um dos textos. A partir desta leitura escolha um texto para se deter, ler com cuidado, fazer seu diário de leitura e ser o porta voz do texto na roda de conversa em sala de aula.

Teatro e Comunidade: dialogando com Brecht e Paulo Freire
http://antigo.ceart.udesc.br/ppgt/urdimento/2007/urdimento_9.pdf#page=69

Pontos de cultura: um espaço para o teatro comunitário nas políticas públicas
http://www.ceart.udesc.br/dapesquisa/files/01CENICAS_Marcia_Pompeo.pdf

TEATRO EM COMUNIDADES: QUESTÕES DE TERMINOGIA
http://portalabrace.org/vcongresso/textos/pedagogia/Marcia%20Pompeo%20Nogueira%20-%20TEATRO%20EM%20COMUNIDADES%20QUESTOES%20DE%20TERMINOLOGIA.pdf

Tentando definir o Teatro na Comunidade
http://www.portalabrace.org/ivreuniao/GTs/Pedagogia/Tentando%20definir%20o%20Teatro%20na%20Comunidade%20-%20Marcia%20Pompeo%20Nogueira.pdf

RELAÇÕES EM CONFLITO: UMA PRÁTICA DE FORMAÇÃO TEATRAL NA COMUNIDADE
http://proxy.furb.br/ojs/index.php/oteatrotranscende/article/view/2700/1758

As ONGs e o teatro em comunidades
http://www.ceart.udesc.br/revista_dapesquisa/volume4/numero1/cenicas/asongseot.pdf

Buscando uma interação teatral poética e dialógica com comunidades
http://argeu.ceart.udesc.br/ppgt/urdimento/2002/urdimento_4.pdf#page=70



Garnizé

Música criada por Glayson Arcanjo e coreografada pelo grupo Baiadô a partir do diálogo com o Moçambique de Uberlândia. Muito apreciada entre grupos com vínculo no ambiente rural. A coreografia segue a estrutura do jongo ou samba de roda, no qual dois dançadores entram na roda para disputar, seduzir, brincar, enfim, se relacionar de diferentes maneiras. O grupo pode definir se há um tempo definido ou uma parte da música na qual os dançadores do meio irão mudar ou se fica livre.

Lá no meu terreiro cisco como quizer
Lá no meu terreiro cisco como quizer

Garnizé
Cisca lá no meu terreiro
Garnizé
Cisca como tu quizer

Garnizé
Cisca lá no meu terreiro
Garnizé
Cisca como tu quizer

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Peixe Tralhoto

Canção e coreografia de Henrique Menezes, aprendemos letra e dança por vídeo na internet.

Qual era mesmo a letra?
Como posso descrever a dança?

As contribuições devem ser feitas por comentário, assinado e com endereço eletrônico.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

CAMALEÃO

Canção colhida no ônibus em viagem ao Cariri para participar do CONFAEB.
Uma estudante baiana que pegou carona no ônibus da UFU cantava o Camaleão.
Fernanda Abreu ensinou ao Baiadô a partir de sua memória, já ouvimos outra versão.
A dança foi criada levando em conta o desenho que a locomoção do grupo define, como num “baralho”.
A letra indicou: a mudança de direção para “olhar o rabo” e o uso do “peso no quadril” que faz o corpo bambear “senão ele cai”.
As repetidas mudanças de direção para “olhar o rabo” propuseram uma brincadeira que foi incorporada à coreografia, e inclui uma “citação” do movimento da Joelma, que joga o cabelo fazendo um círculo com a cabeça.
As exclamações “huhu” incluíram as máscaras que estavam sendo trabalhadas no grupo naquele período, como um elemento de teatralidade,  e que definiram um tipo de relação com o público diferente das já trabalhadas pelo grupo. (Um baiadô levou um tapa no rosto em resposta reflexa ao susto.) A citação do movimento da Joelma levou o grupo a inserir outra citação análoga com o “mergulho”do Bochecha.



Olha o camaleão
Olha o rabo dele
Olha o camaleão
Olha o rabo dele

Oh segura este nego, senão ele cai
Oh segura este nego, senão ele cai

Meu cachimbo era de ouro
E é de samburá
Uhuhuhuhuhuhuhu!
Meu cachimbo era de ouro
E é de samburá
Uhuhuhuhuhuhuhu!

Tabatingal

Palavra retirada da letra do cacuriá "Amassar Barro" criado por Henrique Menezes. O desafio de pesquisar seu significado é um exemplo para pesquisa de danças populares na rede. A cada busca no google encontramos pistas do significado usado nas culturas populares. Este conteudo está disponível, mas sua busca se faz de modo indireto, pois as informações oficiais e escolares estão mais acessíveis.

Socializo o que encontrei sobre Tabatingal que respondeu nossa questão. É possível perceber a trajetória on line que me levou ao nosso objetivo.


Tabatinga é um composto argiloso formado a partir de uma mistura singular de raros materias encontrados no fundo de lagoas e/ou rios em área de restinga ou ligação com águas marítimas. Esse material só é formado quando, por ocasião da abertura de uma "barra", a água doce da lagoa se mistura com a água salgada do mar. Justamente essa mistura de Phs, diferença na salinidade, provoca uma reação de decomposição da formação original rochosa, tornando-a pastosa e permitindo que tenha uma liquefação à temperatura ambiente ou igual a corpórea(humana).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabatinga_(pedra) acesso em 05 de junho àas 9h40

Vocábulo de origem tupi que significa : argila mole, branca ou esbranquiçada; terra argilosa.
Os índios usavam a tabatinga para pintarem seus corpos.
http://www.dicionarioinformal.com.br/tabatinga/  acesso em 05 de junho àas 9h30

Tabatinga é uma palavra de origem indígena que no Tupi significa "barro branco" de muita viscosidade, encontrado no fundo dos rios, e, no Tupi Guarani quer dizer "casa pequena".

•Aos padres portugueses declararam os paJés: CARA, CARI, CÁRIO significa "homem branco". A cor branca é no tupi: TINGA, também uma palavra pelasga, de cuja raiz vem nossa palavra TINGIR. A palavra tupi tabatinga significa "preparada de cal e argila branca". Mais tarde transferiu-se o nome tabatinga à argila dessa cor. A palavra OCA significa "casa" qualquer e pertence também às línguas fenício-pelasgas. No grego mudou OKA em OEKA, OIKA, OIKIA; "admiração da casa" é, no grego, OIKO-NOMIA, de onde vem nossa palavra "economia".
•Então a palavra tupi TABATINGA significa "casa branca"; mas CARI-OCA, é "casa dos brancos", respectivamente dos Cários.


Maragogipinho http://diarioionah.blogspot.com.br/2008/11/maragogipinho.html

Este é um lugarzinho encravado no nada baiano e de onde seus moradores tiram seus sustentos de um barro, que teem cada dia cavado mais a terra a procura dele.o barro chamado tabatinga.
no principio eles produziam objetos para terreiros de candomble.mas aos poucos foram criando objetos de uso utilitario para outros afazeres e com a demanda grande, hoje, cada ser que habita este lugar vive de cavar,pisotear, amassar, queimar e dar formas as coisas de barro ....para nos finalmentes vende-las..... (acessado em 05 de junho às 9h58)
Ao ver os vídeos abaixo indicados podemos enriquecer a dança por meio do movimento feito objetivamente na ação de amassar o barro e conhecendo o contexto no qual se encontra este movimento. Temos também duas propostas pedagógicas: convidar nossos alunos a pisar na argila e estimular a imaginação para compor o movimento em sala de aula.

Movimento de amassar o barro:  do  Processo de preparação do barro para ser modelado, após ser retirado dos rios Choró e Malcozinhado, em Cascavel, no Ceará.:
http://www.youtube.com/watch?v=pHQL-7djS8w acessado em 05 de junho às 10h10

Contexto de artesãos ceramistas no nordeste: Uma casa como as outras na comunidade de artesãos ceramistas da Moita Redonda, em Cascavel, no Ceará. http://www.youtube.com/watch?v=L5izk9xEoQ0 acessado em 05 de junho às 10h20


segunda-feira, 17 de junho de 2013

articulação de ensino, pesquisa e extensão



A disciplina Danças Brasileiras é parte integrante de um trabalho de articulação de ensino, pesquisa e extensão, em elaboração, denominado “Educação somática e educação popular: corpo sensível e cultural”.

Dia 12 de julho faremos nosso primeiro encontro de pesquisa das 14h às 17h - nos encontramos no saguão do bloco 3M e daí partimos juntos para um local de trabalho a confirmar

Objetivos gerais do Projeto
- organizar o material documental de pesquisa sobre a interface entre educação somática, culturas populares e artes cênicas a partir dos registros gerados em pesquisa docente, ações de extensão e de ensino nos últimos dez anos

Objetivos específicos
- estudar atividades corporais em educação somática na interface com as culturas populares;
- análisar um repertório tradicional, danças criadas a partir dele e elaboração de roteiros cênicos e estabelecer relação com diferentes contextos de ação da arte e da arte educação;
- realizar levantamento de atividades práticas educativas em dança dentro das diretrizes da educação popular e educação sensível
- análisar coreográfias, movimentos, palavras poéticas e prática ritmica de repertório tradicional e criações em dança tendo por base danças tradicionais
- realizar levantamento da criação de danças, músicas e modos de dançar a partir do estudo do repertório tradicional e do diálogo corporal;

Metodologia:
O trabalho será realizado em duas frentes de ação:
1) Em grupo serão realizadas práticas corporais, leituras e debates:
a) Primeiro semestre de 2013: participação na disciplina optativa “Danças Brasileiras” oferecida pelo curso de teatro no primeiro semestre de 2013 e aberta às licenciaturas em artes, educação física, pscicologia e pedagogia;
b) Criação de um Grupo de Estudos que integre estudantes de graduação e de pós graduação para reflexão e análise acerca dos registros, das práticas e das leituras realizadas e estabelecimento de diálogo entre os projetos analisados e os projetos de TCC, Iniciação Científica, Extensão e Mestrado
2) Trabalho com o material documental das pesquisas citadas no item Justificativa
a) Diagnóstico inicial e planejamento das ações
b) Catalogação e digitalização
c) Elaboração de relatórios e textos

A metodologia do projeto se embasa:
1) no estudo dos registros, leituras de textos de referência e em experimentações práticas de:
sensibilização corporal,
repertório de danças tradicionais,
criação de danças com base nas tradições
elaboração de roteiros de apresentação
criação de versos e improviso cantado
formas de ensino e aprendizagem
2) no diálogo acerca das questões levantadas nos registros e na disciplina e aprofundadas no Grupo de Estudos com práticas escolares, com processos de criação em artes cênicas e com projetos de TCC, Iniciação Científica, Extensão e Mestrado
3) na elaboração de textos e relatórios que permitam a socialização e o aprofundamento das pesquisas
4) em encontros mensais de planejamento de ações e avaliação dos resultados. Os bolsistas terão autonomia para propor ações que considerem significativas, a partir de diagnóstico próprio.

Avaliação:
Cada integrante fará por escrito sua avaliação processual individual e sistemática, na qual registrará o que deve ser mantido e o que deve ser mudado em suas ações no projeto.
Serão realizados encontros mensais nos quais serão socializadas as avaliações processuais que servirão de subsídios para a avaliação coletiva dos bolsistas e da coordenação do projeto.
Nestes encontros serão também diagnosticados problemas e propostas novas ações.
Serão preparados relatórios bimestrais das atividades realizadas e um relatório final com a conclusão dos resultados obtidos pelo projeto.
Critérios para avaliação individual:
Capacidade de refletir e escrever sobre a experiência de maneira clara.
Envolvimento nas atividades propostas.
Realização das ações planejadas.
Critérios para avaliação coletiva:
Contribuição de cada um para o grupo e para o processo.
Capacidade de detectar dificuldades e propor soluções em si, no grupo e nos outros.

Atividades
Participação em atividades práticas junto à disciplina Danças Brasileiras e junto ao Grupo de Estudos
Organização do material documental de pesquisa
Catalogação dos documentos
Análise dos documentos catalogados
Elaboração de relatório
Leituras orientadas e elaboração de diário de leitura
Elaboração de texto que articule as práticas, as leituras e o material catalogado.

Bolsistas: Juliana e Fabinho

quarta-feira, 5 de junho de 2013

aula do dia 04 de junho

Questão para próxima aula: o que é Tabatingal?
Cada um deve trazer um par de baquetas.
Fabinho vai comprar baquetas para quem quizer e combinar com ele
  • roda de conversa 1:
    • conhecer as pessoas - um saber sobre o outro
    • criatividade e imaginação como elementos fundamentais do modo de transformação e transmissão das culturas populares
  • sensibilização:
    • pele - com estímulo das mãos
    • bolinha nos pés - pele, musculatura e ossatura
  • padrão de movimento popular:
    • raiz de arrancar
    • entrar na roda em pares
  • roda de conversa 2:
    • Importância de trabalhar os pés
    • Energia da raiz aqueceu os pés, cresceu o corpo e deixou pronto para o movimento
    • Necessidade de olhar pro pé e dificuldade de incluir outras partes do corpo no movimento
    • medo de ir pra roda confunde o movimento individual que é fundamental para haver troca
    • olhar o outro e fazer no seu corpo vira um tercerio movimento
    • a diversidade apareceu na roda
    • Cada um traz uma vivência anterior - estar na roda é ficar ligado em si e no outro
Observação sobre o Repertório
  • miudinho é uma dança que tem a ver com pele
Repertório Novo

faixa 2 do CD:    PÉ NO TERREIRO
Autoria:                     Henrique de Menezes

Vou amassar barro no tabatingal             
Vou amassar barro no tabatingal
Vou amassar barro no tabatingal
Vou amassar barro no tabatingal

É com pé direito, que eu vou pisar                       
É com pé no terreiro que eu vou pisar
É com pé direito, que eu vou pisar
É com pé no terreiro que eu vou pisar

            É dançada em roda que inicia em fila e girando. Quando o puxador canta "é com pé direito" a roda para de girar, todos se viram para o centro dela e cada um põe o pé direito no centro da roda, junto com a palavra "direito", mais precisamente, na sílaba "rei" do "pé direito". Todos os dançadores juntos pisam com o pé direito para frente, iniciando o frente/lado/trás. O pé direito pisa, então, para frente, para o lado e para trás e novamente para frente, enquanto canta-se "É com pé no terreiro que eu vou pisar". Cada pessoa a sua maneira deve posicionar o pé no mesmo tempo das outras, no ritmo da música. No verso que canta "amassar barro" e no 1º verso, a roda em fila gira dançando.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

primeira leitura do semestre

Experienciar,aprender, criar e ensinar

leitura e diário de leitura para dia 18 de junho 
Renata Bittencourt Meira[1]

Resumo

A educação é analisada neste artigo como uma prática que estabelece comunicação entre diferentes aspectos da cultura na sociedade contemporânea, tendo por base as experiências e reflexões desenvolvidas no grupo Baiadô: pesquisa e prática da dança brasileira. Destaca-se a cultura popular tradicional  e a arte como propositores do estado de criação. Experienciar, aprender, criar e ensinar se mostra aqui como um caminho de desenvolvimento do educador engajado na complexidade da cultura contemporânea.



[1] Renata Meira dança, toca, canta, versa e pesquisa cultura popular;  professora do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Uberlândia; Bacharel em Dança; Mestre em Artes e doutora em Educação pela UNICAMP.

Vamos trabalhar este texto a partir de um “instrumento pedagógico, capaz de despertar o posicionamento crítico dos alunos diante dos textos e de enriquecer o debate com os professores em sala de aula”, criado pela Profa. Dra. Anna Rachel Machado professora do Programa de Estudos Pós-graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da PUC/SP, falecida em 20 de maio de 2012.

Diário de Leitura é um instrumento para trabalhar a leitura de qualquer tipo de texto por meio de reflexões e reações que o leitor tem à medida que vai lendo, e que vão sendo registradas na escrita.

É um diálogo do aluno com o texto, um espaço totalmente privado, onde pode-se adotar linguagem informal, sem se preocupar com "certo" ou "errado", de modo a se colocar livre e espontaneamente diante dos textos. Dessa forma, o diário de leituras permite que os alunos tracem seus próprios caminhos de leitores por meio desse diálogo, que é sempre único.

Ao mesmo tempo, são criadas as condições necessárias para a construção de um espaço de verdadeiras discussões sobre as reflexões dos alunos, o que permite sua reelaboração e refinamento.

Além disso, os diários também podem servir como ponto de partida para a elaboração de outras atividades de produção textual, com os resumos e resenhas, conforme as necessidades dos alunos.”

MACHADO, Anna Rachel ; LOUSADA, Eliane G. ; ABREU-TARDELLI, Lilia Santos . Trabalhos de pesquisa: diários de leitura para revisão bibliográfica (2ª Ed). 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2009

repertório da aula do dia 28 de maio de 2013


CACURIÁ

O cacuriá é uma dança executada ao som das caixas do Divino - pequenos tambores que acompanham a dança, animada por um cantor ou cantora, que puxa a dança e cujos versos, de improviso ou conhecidos, são respondidos por um coro formado pelos dançadores. Criada há mais ou menos trinta anos. Dançado em roda nas ruas da capital do Maranhão, o cacuriá tem suas origens na Festa do Divino Espírito Santo. Após o derrubamento do mastro do Divino, que encerra a obrigação religiosa, as caixeiras se reúnem para “vadiar”, esta parte profana da festa é o “lava-pratos”. O nome da dança varia de região para região, dão o nome de Carimbó de Caixeira no município de Guimarães, Baile de Caixa em Penalva, Bambaê de Caixa em Pinheiro.
As dançadeiras podem ser de qualquer idade, existe até 75 anos, e enquanto se desenvolve a dança, as caixeiras, em número de seis, cantam toadas ou desafio, de improviso, sendo acompanhadas, em coro, pelos dançantes.
Alauriano Campos de Almeida, popular Seu Lauro, artista popular que também botava Bumba-boi e Tambor de Crioula, criou a partir da musicalidade do movimento e dos versos desta festa a Dança do Cacuriá. Seu Lauro explica que a dança do cacuriá é uma mistura de samba, marcha e valsa e "chorado", o que exige muito esforço físico. Por isso é que as partes não passam de trinta minutos.

Entrevista com D. Teté
Entrevista concedida à Rádio Universidade FM, Universidade Federal do Maranhão
 D. Teté, folclorista, coordenadora do Cacuriá mais famoso do Estado do Maranhão

O Cacuriá tem uma vertente na Festa do Divino Espírito Santo, pois ao fim da festa, em todas as casas, tem o carimbó das caixeiras. Assim, criou-se a dança do Cacuriá, cordão e roda, depois do término do festejo do Divino, para prolongar a brincadeira.
No carimbó, uns batem palmas, outros batem na caixa, formando um ritmo para começar a dança, para movimentar o corpo. Outros inventam versos para pedir bebidas ou elogiar as pessoas. A maioria dos participantes eram pessoas idosas. Levanta-se o mastro, tem a missa, tem o derrubamento do mastro, depois tem o carimbo de serrar o pau - serrando com um serrotizinho. A partir daí criou-se o Cacuriá.
Em 80, D. Teté foi para o Laborarte trabalhar numa peças de pastores. Lá, se tinha uma festa, ela batia a caixa e chamava as pessoas para dançar o Cacuriá. Depois, Teté começou a ensinar a dança para as crianças, fazendo seus próprios versos, com a ajuda da neta. Finalmente, o Cacuriá como conhecemos hoje. A ramificação do Cacuriá cresceu bastante e houveram inovações, quando foram acrescentados alguns outros elementos na dança. Alguns elementos foram adicionados também ao ritmo, como o violão, a flauta e o banjo. 
Segundo, ela para ficar mais bonito.

MOLE MOLE
Colhida por Vivian Parreira junto ao grupo Flor de Pequi em Pirinópolis
Grupo criado e coordenado por Daraína Pregolatto

Tu não me mexe, tu não me bole
Que eu tenho as juntas do meu corpo toda mole
Tu não me mexe, tu não me bole
Que eu tenho as juntas do meu corpo toda mole


Dançamos espalhados pelo espaço, com passo básico do Cacuriá mobilizando cada uma das articulações.

faixa 3 do CD:    VASSOURA
Autoria:                     Henrique de Menezes

Minha vassoura eu não sei onde está
Eu deixei no terreiro te mandei buscar
Minha vassoura eu não sei onde está
Eu deixei no terreiro te mandei buscar

Pega a vassoura o sinhá
E varre o terreiro pro cacuriá
Pega a vassoura o sinhá
E varre o terreiro pro cacuriá

Formar a roda intercalada que gira durante o primeiro verso. Na segunda parte da música os homens vão para o meio da roda fazendo gesto de varrer enquanto as mulheres varrem deslocando-se para fora da roda. Na repetição do verso os dançadores voltam varrendo, formando uma única roda intercalada. A roda volta a girar junto com o primeiro verso.

Variações: A roda pode ser trabalhada com diferentes graus de dificuldade. O mais simples utiliza a roda em fila que gira na primeira parte da música e entra varrendo para o centro da roda todos juntos, sem intercalar. Uma segunda opção é intercalar a roda e enquanto um grupo varre até o centro da roda, o outro grupo permanece no lugar. Na terceira opção um grupo varre para dentro e outro varre para fora da roda. Também pode-se variar a forma de intercalar, por exemplo alternado mais de dois grupos ou usando outro intervalo para o retorno dos grupos.

faixa 11 do CD: MERGULHÃO     
Autoria:                     Henrique de Menezes

Mergulhão, Mergulhou no mar
Mergulhão, Mergulhou no mar
Mergulhão, Mergulhou no mar
Mergulhão, Mergulhou no mar

Pegou peixe mergulhão, eu não
Mergulha no mar, mergulhão
Pegou peixe mergulhão, eu não
Mergulha no mar, mergulhão

A dança inicia numa roda em fila organizada em pares. Já na primeira palavra "mergulhão" o parceiro que estiver atrás passa à frente do seu parceiro mergulhando, num grande movimento de coluna, braço e cabeça, levantando os braços para cima e “jogando” o corpo para dentro da roda e depois para fora, como se fosse a própria onda. Na próxima vez que responder “mergulhou no mar” novamente o parceiro que estiver atrás mergulha à frente e assim sucessivamente. Dança-se assim a primeira parte da música.
Quando o puxador canta "pegou peixe mergulhão" a roda intercalada gira. Ao responder "eu não" os dançadores levantam os braços. Quando o puxador canta "Mergulha no mar" os parceiros que estão atrás jogam-se de lado como num mergulho para o centro da roda, formando uma roda dentro da outra. Ao responder "eu não" os dançadores levantam os braços. Quando o coro responder pela segunda vez "mergulhão", os dançadores da roda central dão outro mergulho e entram na roda de forma intercalada, à frente do parceiro. A dança recomeça com esta roda em fila organizada em pares. 

MIUDINHO (Aline Costa, 2005)

Ritmo:Cacuriá 
Mito de origem: Vivian criou a canção do sapo e com ela fizemos uma dança cheia de pulos, ótima para crianças agitadas. Ensinamos a dança numa oficina e ficamos exaustos. Como estávamos muito cansados, Aline fez esta dança/música de brincadeira para gente "poder descansar".

Puxador:      O Miudinho, bem Miudinho
Esse é o cacuriá
É uma dança bem  devagarinho
Para a gente poder descansar!

Coro:            Miudinho, bem Miudinho
Esse é o cacuriá
É uma dança bem  devagarinho

Para a gente poder descansar